Tradição e fé, na busca do mastro em Coruripe.

Zé Bonitinho / Repórter

Neste domingo dia 20 de novembro, aconteceu a tradicional festa da busca do mastro, o qual é realizado todos os anos durante mais de um século e sempre no terceiro domingo de novembro, em que centenas de pessoas se dirigem em grande caravana até a mata da Usina Guaxuma para retirada do mastro em que a bandeira da padroeira, Nossa Senhora da Conceição e hasteada. A festa começou logo pela manhã onde os devotos se reúniram em frente à igreja matriz, munidas de facão, água e comidas como se fossem participar de um piquenique coletivo, tudo isso para participar da tradicional festa que acontece a cento e vinte e dois anos pela comunidade local e que tem as mesmas características de outra festa popular, “o círio de Nazaré” em Belém do Pará, aqui a busca do mastro aconteceu hoje, antecedendo assim a festa de Nossa senhora da Conceição que começa no próximo dia 29 e estende-se até o dia 8 de Dezembro.

Sempre com a participação da comunidade, à busca do mastro é tida não só como um momento de fé onde as pessoas aproveitam para fazer suas preces e pagar alguma promessa de graças que acreditam terem recebidas, mais também como um programa cativo onde o cristão tem por obrigação se encontrar todos os anos.

Para o teólogo Márcio Barreto, formado pela Universidade CESMAC, em alagoas, e com especialização na PUC em São Paulo, conhecedor e pesquisador no assunto, antes mesmo da construção da matriz de nossa senhora da conceição, a tradição do mastro e a festa da padroeira, começou junto com a chegada da imagem de origem francesa, mais vinda de Portugal e desembarcou no extinto porto das barcaças nas vassouras, no ano 1900 a partir daí começaram os festejos em devoção a Maria, em uma pequena capela no alto da colina que foi incendiada destruindo assim junto com ela, a primeira imagem que era feita de madeira, hoje no local da antiga capela fica localizado a Matriz de Nossa Senhora da Conceição.